Como eu me vejo; Como vc se vê; Como ela se vê; Como nós a vemos! COMO REALMENTE SOMOS! By Pati.

A ditadura da magreza chegou ao fim! Sim, chegou e só não enxerga quem não quer. Afirmo que ela chegou ao fim porque quem mais lucra com a própria já descobriu como ganhar dinheiro, não só com as mulheres curvilíneas, mas com as mais velhas também, e o dinheiro é o que move o mundo capitalista. Por isso, encho a boca para dizer que A DITADURA DA MAGREZA CHEGOU AO FIM! E A DA JUVENTUDE TAMBÈM!

Não, não foi por respeito ao verdadeiro corpo feminino. Não foi por consideração às meninas que sofrem de distúrbios alimentares ao redor do mundo. Não foi pelo estrago psicológico que causam na mente feminina em todas as idades. Foi por algo muito menos filosófico e nobre. Foi meramente por DINHEIRO!

A sociedade passou a questionar, a se contrapor, a se rebelar contra os padrões absurdos, ridículos e artificiais  das inatingíveis 10 top models que surgem e desaparecem ao longo das décadas: eternamente jovens e doentiamente magras. Alguém aqui se lembra de uma tal de Lisa Fonssagrives? Pois é, ela foi a primeiríssima top model do mundo (e não a Twiggy), entre os anos 1960 e 1970. Seus traços e seu corpo ditaram os padrões de beleza de sua época e as mulheres que eram diferentes dela, ou seja, todas as demais que não eram Lisa, se torturavam. E de Elle MacPherson, top model dos anos 1980? Ou Cindy Crawford, dos anos 1990? Ou a ainda atual, embora aposentada, Gisele Bundchen? Que pena não termos nascido com todos aqueles centímetros de altura, aqueles cabelos maravilhosos, aquele quadrilzinho estreito… Pois é, meninas, nenhuma de nós nasceu!

Segundo a ONU, em 2010 havia 3.418.059.000 mulheres no mundo. Quantas delas correspondem às características físicas de uma top model? Dez? Vinte? Há algo muito, muito, mas muito errado mesmo com este conceito, não?

Mesmo que por meio tortos, a indústria da moda ‘entendeu’ isso e os padrões de beleza estão sendo corrigidos. Na esteira do novo caminho surgem, não apenas as modelos curvilíneas, como também as modelos de mais idade. Dois vivas: ‘FINALMENTE!’ e ‘QUE BOM!’

As novas imagens que circulam na net, nas revistas, na TV, no cinema, impactam positivamente na nossa psiquê, na nossa auto-estima. O cinema, já há alguns anos, começa a mostrar o amor entre os cabelos brancos, o sexo, o romance, o recomeçar profissional dos cinquentinhas, dos sessentinhas e daí pra mais… As mulheres curvilíneas  tiram a roupa, desfilam de lingerie, orgulham-se de seus muitos centímetros a mais.

 

 

Recentemente, em Santos, minha cidade natal, houve um bem humorado evento na praia em que as curvilíneas chamando-se carinhosamente de ‘gordas’, colocaram biquini e decretaram que ‘HOJE VAI TER GORDA NA PRAIA’. Sem medo de usar a palavra proibida: G-O-R-D-A! O grande palavrão: G-O-R-D-A!  A grande ofensa: G-O-R-D-A!

plus 10

Há pouco mais de um mês, assumindo minhas curvas,  adquiri um biquini e um maiô. Não foi um maiô preto, daqueles que usamos para pedir desculpas por estar “fora de forma” (que forma???? de palito????)… Foi um maiô floral, coloridíssimo, estampadíssimo, cheio de pinks, blues e yellows! E um biquini de zebra, largo nas laterais, nº 48, para cobrir o que não desejo mostrar, mas ainda assim, um biquini! E já usei ambos: cinquentinha, curvilínea e vovó, de biquini e maiô, chapéu, óculos de sol, canga de copacabana e filtro solar! Sem esquecer o rímel e um batonzinho nude! Porque uma mulher de 50 pode tudo, sim senhora!

 

 

 

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